Principais alterações do Manual Técnico de Georreferenciamento de Imóveis Rurais – 2ª Edição – Parte 3

certificação-sigef

3.2.1 Estação Livre – (PT9)

Método onde as coordenadas do ponto de estação são determinadas a partir de distâncias e/ou direções em relação à dois ou mais pontos de apoio previamente conhecidos.

O método da estação-livre também é conhecido como “intersecção a ré” ou “ressecção espacial” nos programas internos de alguns modelos de estações-totais disponíveis no mercado.

A grande vantagem deste método é que o profissional tem a liberdade de escolher onde será posicionado o ponto de estação para o levantamento dos vértices de interesse, desde que se tenha intervisibilidade a pelo menos dois pontos previamente conhecidos.

estação livre

3.3 POSICIONAMENTO POR GEOMETRIA ANALÍTICA

3.3.3 Projeção Técnica (PA3)

O método de projeção técnica consiste na determinação das coordenadas dos vértices definidores de limites através da projeção de ângulos e distâncias contidas no documento de domínio, quando houver, ou na digitalização de peças técnicas analógicas, quando esta for a única referência geométrica do imóvel.

Este método só poderá ser empregado em locais inacessíveis, quando não for possível aplicar outro método de posicionamento (Para este tipo de metodologia as precisões para σφ, σλ, σh deverão ser fixadas em 0,00 m). Dentre as principais aplicações para essa metodologia estão a reconstituição de imóveis inundados por reservatórios, a definição de vértices não coincidentes com linhas de cumeadas em imóveis situados em regiões de relevo escarpado ou ainda áreas com proibição de acesso por legislação ambiental.

3.4 POSICIONAMENTO POR SENSORIAMENTO REMOTO

No posicionamento por sensoriamento remoto, obtêm-se informações geométricas de elementos físicos, de forma indireta, com precisão e confiabilidade devidamente avaliadas, a partir de sensores em nível orbital ou aerotransportados.

Dentre as possibilidades de posicionamento por sensoriamento remoto, são aplicados aos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais os seguintes métodos:

a) Aerofotogrametria ( Dentro da categoria de aerolevantamento, os levantamentos realizados com Aeronaves Remotamente Pilotadas (Remotely Piloted Aircraft – RPA) têm sido uma das opções mais apropriadas. São exemplos dessa categoria: VANT e DRONE);
b) Radar aerotransportado;
c) Laser scanner aerotransportado; e
d) Sensores orbitais (satélites).

3.5 BASE CARTOGRÁFICA

Base cartográfica é uma fonte de informações espaciais, destinada a um fim específico, produzida por órgãos públicos.

Poderão ser admitidas, excepcionalmente, bases cartográficas produzidas por entes privados, como por exemplo empresas gestoras de usinas hidrelétricas, ferrovias, dentre outros.

Não se considera base cartográfica plantas e memoriais descritivos produzidos por outros credenciados.

Nas extremidades dessas feições, as coordenadas dos vértices deverão ser determinadas de forma direta, bem como os vértices de mudança de confrontação, quando estes não forem representados por um limite consolidado e não constarem na base cartográfica utilizada.

A aplicação deste método ficará condicionada à precisão posicional e ao tipo de limite a ser representado, conforme resumido na Tabela 6.

metodo-posicionamento

3.5.1 Produtos Cartográficos Digitais Com Precisão Conhecida

Pode ser utilizado em todos os tipos de feições, em especial as dos tipos LN1(corpo d’água ou curso d’água), LN3(Grota), LA1(cercas) e LA3 (estradas). A base cartográfica a ser utilizada deve ser originalmente produzida nos formatos raster ou vetorial.

Considera-se o valor de precisão aquele correspondente à escala de representação do produto vinculado ao seu Padrão de Exatidão Cartográfica – PEC.

Não é permitida a sua utilização para determinar coordenadas de vértices tipo “M”.

3.5.2 Produtos Cartográficos Sem Precisão Conhecida

A utilização desta metodologia ficará restrita as feições de difícil definição (Feições naturais ou artificiais cujo traçado não seja perfeitamente fotoidentificável e quando o levantamento por técnicas convencionais não garantam a sua exata definição) ou limites inacessíveis, como por exemplo, linhas de cumeadas, áreas alagadiças, divisor de águas, cristas de encostas, talvegues, dentre outros. A base cartográfica a ser utilizada não necessita ser originalmente nos formatos raster ou vetorial, possibilitando a utilização de meios analógicos ou digitalizadas.

Os usos destas bases se destinam principalmente a:

a) representação de linhas ideais de limites municipais, quando estas passarem apertencer aos limites da parcela. O credenciado deverá levar em consideração se os extremos deste limite coincidem com vértices passíveis de determinação através de outra metodologia de obtenção direta, isto é, correspondem a barras de córregos/rios, cabeceiras de córregos/rios, cruzamentos de estradas, dentre outros. Recomenda-se a utilização das bases produzidas pelos órgãos estaduais com atribuição para definição desses limites ou, na falta destas, a Malha Municipal Digital da Divisão Político‐Administrativa Brasileira, gerenciada pelo IBGE;

b) representação das linhas do preamar médio do ano de 1831 e da média das enchentes ordinárias (LMEO);

c) representação de linhas por divisor de águas, coincidentes ou não com a linha de cumeada, principalmente quando essas possuírem suaves convexidades, muitas vezes imperceptíveis visualmente, mas que têm a função de separadores de águas pluviais;

d) representação das linhas de inundação ou cotas de segurança, comumente utilizadas nas ações desapropriações de reservatórios de usinas hidrelétricas, principalmente quando se tratar de levantamentos antigos;

e) representação de linha de córregos, rios, ribeirões em trechos alagados e sem canal definido.

Fonte: Manual Técnico para Georreferenciamento de Imóveis Rurais – 2ª Edição


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